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Sorriso: Delegado suspeita que ossada encontrada na Linha Celeste seja de segunda vítima morta junto com Luana em 2023

A Polícia Civil de Sorriso trabalha com a hipótese de que a ossada humana encontrada no último sábado (12.04), em uma região de mata na Linha Celeste, possa ser de uma segunda vítima de um homicídio ocorrido há mais de um ano, quando Luana Santana de Mellos, de 26 anos, foi executada a tiros em uma estrada rural da cidade.

A linha de investigação surgiu a partir de indícios coletados ainda na cena do crime em dezembro de 2023. Na época, o corpo de Luana foi localizado com sinais de execução, com tiros na cabeça e no braço, na estrada do Alto Celeste, por trabalhadores que passavam pelo local durante a madrugada.

Conforme relatado pelo perito criminal Luciano Nogueira, havia duas poças de sangue na cena do crime, o que levantou a suspeita de que outra pessoa também havia sido assassinada no mesmo local. No entanto, nenhum outro corpo havia sido encontrado até então.

“A ossada localizada no sábado estava em avançado estado de decomposição, sem qualquer vestígio de matéria orgânica e com evidentes sinais de desgaste natural, o que indica que estava no local há bastante tempo”, afirmou o delegado. Apesar de ainda não haver confirmação oficial, o delegado relatou que a Polícia Civil trabalha com essa possibilidade.

A ossada foi recolhida pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), onde serão realizados os exames para confirmar a identidade da vítima e a causa da morte.

A Polícia Civil aguarda o resultado dos exames para, a partir da identificação da vítima, aprofundar a apuração do caso.

Prisões anteriores

A Polícia Civil prendeu, na tarde dessa sexta-feira (16.02.2024), a terceira pessoa envolvida na morte da Jovem Luana Santana de Mellos, de 26 anos, que foi encontrada em dezembro de 2023, na estrada Celeste, nas proximidades do rio Lira.

O delegado Bruno França afirmou que a mulher presa possui histórico criminal imenso, de tráfico de drogas, tortura e pertence à organização criminosa. Além disso, a mulher estaria se organizando para fugir de Sorriso.

No dia 03 de fevereiro a Polícia Civil já havia obtido êxito em prender outros dois envolvidos no crime. O casal havia fornecido a casa que serviu de cativeiro para a vítima. Já a presa dessa sexta-feira teria contratado o serviço de manicure da vítima e o local combinado era uma emboscada. “Ela simulou um contrato para que fosse fazer serviço de manicure, a vítima era manicure e, ao chegar no local combinado, a suspeita já não se encontrava. Então a vítima na verdade foi emboscada pela mulher que foi presa hoje”, detalhou o delegado. 

Ainda segundo o delegado, na data da prisão dos dois primeiros suspeitos de envolvimento, foram encontrados os materiais de trabalho da vítima, que era manicure. A mulher que foi presa nessa sexta-feira havia ficado com os materiais da vítima e se inscrito em um curso de manicure para começar a exercer a profissão com os pertences da jovem morta.

Bruno detalha que as investigações continuam para apurar o envolvimento de mais suspeitos. “Como a gente não tem informações a respeito dos executores, considerando que ela se recusa a entregar seus comparsas, a Polícia Civil vai relatar o inquérito e continuar as investigações de forma paralela para que se a gente tiver êxito descobrir quem realmente puxou a gatilho para matar essa moça. O crime era vinculado à guerra de organizações, a mulher que foi presa hoje tem um marido que é integrante de organização criminosa, que integra  o sistema prisional, que ela conversa diariamente”, concluiu.

Relembre a morte de Luana

Luana Santana de Mellos, de 26 anos, foi encontrada morta por trabalhadores na estrada do Alto Celeste, em uma região rural, na madrugada dessa terça-feira (05.12) com sinais de execução com tiros na cabeça e no braço.

Questionado sobre a execução ter envolvimento com o crime organizado, o delegado Bruno França, que esteve presente no local, alegou que o modus operandi foi similar as execuções por facções registradas na cidade, mas que seria necessário aguardar os trabalhos da Politec e os resultados da perícia para que informações fossem confirmadas.

Durante a preservação do local, o ex-marido reconheceu a vítima pelas descrições dadas na live realizada JKNOTÍCIAS, e se dirigiu até a estrada em que o corpo da mulher foi encontrado. Onde foi possível identificar a mulher.

Ainda segundo o ex-marido, Luana, que era usuária de drogas, tem 2 filhos e há cerca de 3 meses saiu de casa abandonando a família.

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