A prefeitura de Sorriso emitiu na tarde dessa terça-feira uma NOTA à imprensa explicando o caso ocorrido na extensão da Escola Estadual José Domingos Fraga, onde 12 alunos foram “furados” por uma agulha usada em aparelho de glicemia do pai de um dos alunos.
Segundo a NOTA, as crianças foram testadas para doenças transmissíveis e todas deram negativo.
NOTA
A equipe da UPA Sara Akemi Ichicava recebeu na noite de ontem, 14 de abril, 12 adolescentes na faixa etária de 12 e 13 anos, levados pelas famílias com o relato de terem sido “testados” para glicemia por colegas da extensão da Escola Estadual José Domingos Fraga.
Os 12 adolescentes atendidos já realizaram testagem para hepatites B e C; sífilis e HIV; todos testaram negativo até o momento.
O fato – testagem na escola – que levou a toda essa situação, teria ocorrido na segunda à tarde e as famílias levaram as crianças para atendimento à noite. Segundo o relato, o pai do adolescente que levou o estojo é diabético e usa insulina. O adolescente teria pego o estojo escondido da família em casa e levado para a escola para testar os colegas.
De acordo com os envolvidos, o adolescente ofertou a testagem para dois colegas antes do início da aula, ambos concordaram e foram perfurados no dedo.
Já no momento do intervalo, sem os demais estudantes perceberem, os dois alunos anteriormente testados perfuraram outras colegas nas costas e braços sem que esses tivessem sido comunicados.
No fim do intervalo, com o retorno à sala, uma professora ouviu falarem “picada” e perguntou o que estava acontecendo; assim, o caso foi relatado e imediatamente a coordenação passou a ligar e comunicar as famílias envolvidas para recomendar que procurassem atendimento adequado para a situação.
Conforme a equipe técnica da UPA, o recomendado em situações como essa, em que se conhece a fonte, é testá-la também para as enfermidades. Caso a fonte teste negativo para todas as situações, o caso será encerrado.
A fonte é pai de uma das crianças envolvidas e atua em uma fazenda. Já foi comunicada e deverá vir à sede do Município para a testagem.
Caso seja necessária a profilaxia, que se constitui no conjunto de medidas que visam prevenir ou atenuar doenças, a janela para isso é de até 72 horas.
Todos os estudantes testados até o momento na UPA estão com o cartão de vacinas em dia, com as doses preventivas para hepatites.
Caso mais alguma criança ou adolescente tenha sido perfurado e ainda não procurou atendimento especializado, o correto é que a família o encaminhe para atendimento em uma Unidade Básica de Saúde, em que também são ofertados todos os exames para hepatites B e C, sífilis e HIV, ou que procurem diretamente a UPA Sara Akemi Ichicava, onde os 12 primeiros testes já foram realizados.
Nesta terça-feira, a coordenação da unidade segue com o trabalho de conscientização de alunos e pais em relação ao fato, destacando a necessidade de todos os que foram ou testados e/ou manusearam o equipamento comunicar a família e a unidade escolar e buscar atendimento.
Ainda ontem, dia 14 de abril, a situação foi comunicada pela própria escola ao Conselho Tutelar, que neste momento, bem como a assistente social que integra a equipe psicossocial da Escola Estadual José Domingos Fraga, estão na UPA para conversar com os pais dos estudantes envolvidos.
Sorriso, 15 de abril de 2025.