Paulo Schmit dos Santos, que matou Roseli Gonçalves de Aguiar no natal de 2009, com requintes de crueldade, foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão após um juri popular que aconteceu no fórum de Sorriso nesta terça-feira (06/05). Ele começa a cumprir a sentença em regime fechado.
Quando foi morta, Roseli deixou uma filha.
Segundo a denúncia, Paulo Schmit dos Santos cometeu contra Roseli Gonçalves de Aguiar, o crime de homicídio triplamente qualificado efetuado. Eles mantinham uma relacionamento afetivo e sexual anteriormente aos fatos. Consta que, na madrugada de 25-12-2009, em uma festa em um clube, Paulo e Roseli, que na época tinha 31 anos, se desentenderam e marcaram um “encontro”, em um local no Parque Universitário, para “conversarem”.
Quando Roseli chegou ao local foi despida, teve os braços amarrados para trás (com sua própria calça jeans) e agredida fisicamente com socos e pontapés, além de ser asfixiada. Depois, foi colocada na posição de decúbito ventral, com o quadril sobre um fio de arame de uma cerca que havia no local, para que não se movimentasse, e golpeada na cabeça com um pedaço de madeira grande (instrumento contundente) – apreendido – cujas lesões foram suficientes para lhe causar a morte.
Segundo o juiz Rafael Depra Panichella, o processo enfrentou anos de tramitação devido à complexidade e à necessidade de desmembramento das ações contra dois réus. Segundo Panichella, na época do crime, ainda não existia a tipificação de feminicídio na legislação brasileira, o que poderia ter resultado em pena maior.
O promotor Luiz Fernando Rossi Pipino ressaltou que a condenação representa uma “justiça concretizada” porque a família de Roseli nunca deixou de buscar punição e lembrou que a irmã de Roseli já havia aconselhado a vítima a encerrar o relacionamento, que era marcado por ameaças e violência.
Em entrevista, a defesa disse já recorreu da decisão e pediu novo juri.
Assessoria com JKNOTICIAS