Mariano Oliveira da Silva, de 50 anos, foi assassinado a tiros no final da tarde de terça-feira (10.05), dentro de uma loja de celulares localizada no bairro Jardim Primavera, em Sinop. Três pessoas foram detidas, suspeitas de envolvimento no crime.
De acordo com as informações da Polícia Militar, o homicídio foi registrado por volta das 17h10. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Mariano caído dentro do estabelecimento. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou a morte ainda no local.
Testemunhas relataram que Mariano havia chegado em um Fiat Mobi vermelho para entregar acessórios de celular. Durante a entrega, um homem entrou na loja usando boné, se aproximou da vítima e, antes de disparar, teria dito: “você vai morrer”. Em seguida, efetuou ao menos quatro disparos de arma de fogo.
Após o crime, o atirador fugiu em um Volkswagen Gol de cor prata, acompanhado por outras três pessoas. A ação foi registrada por câmeras de segurança da região, o que ajudou nas diligências policiais.
De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos estavam em um veículo que trafegava pela rodovia MT-449 entre Lucas do Rio Verde e Ipiranga do Norte quando foram abordados na madrugada desta quarta-feira (11), durante uma operação. Nenhuma arma de fogo foi encontrada com o grupo, mas os três homens foram detidos e encaminhados à delegacia, onde o caso segue sob investigação.
Histórico com o jogo do bicho
Mariano Oliveira da Silva era conhecido das autoridades por seu envolvimento com o jogo do bicho em Mato Grosso. Em 2012, ele foi detido durante uma ação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), que fechou uma central de apostas em Sinop. Na ocasião, ele afirmou ter montado dois pontos de apostas na cidade.
Em 2019, Mariano voltou a ser preso durante a Operação Mantus, que desarticulou duas organizações criminosas envolvidas com lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Na época, foram cumpridas 63 ordens judiciais, incluindo 33 prisões preventivas. Segundo a polícia, Mariano atuava em favor da organização criminosa conhecida como Colibri, comandada por João Arcanjo Ribeiro e Giovanni Zem — fato que ele negou em depoimento.
Na ocasião do crime, além dos acessórios de celular, a polícia encontrou no carro da vítima diversas cartelas de jogo do bicho e dois aparelhos celulares. Ele havia sido solto após a operação de 2019 e cumpria medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, retirada em 2020.
A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer a motivação do crime e a eventual ligação dos suspeitos detidos com a execução.