O indivíduo, de 54 anos, acusado de estuprar a própria filha por mais de uma década, foi encontrado morto no Presídio Regional de Joinville (SC). Ele havia sido preso preventivamente dois dias antes, após ser denunciado por manter a filha em situação de abuso contínuo, engravidá-la duas vezes e ainda ser pai biológico da própria neta.
A prisão ocorreu na quinta-feira (26/06), no bairro Jardim Paraíso, após o cumprimento de mandado expedido pela Justiça. Segundo a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado depois que uma escola da rede pública percebeu sinais de abuso em uma adolescente. O Conselho Tutelar foi acionado e confirmou, junto à mãe da vítima, que os abusos aconteciam desde os 10 anos de idade.
A jovem tem um filho de seis anos com o próprio pai e está novamente grávida. Ela relatou que vivia sob vigilância constante: a casa não tinha portas internas e era repleta de câmeras. Ainda segundo a investigação, o pai racionava comida e bebida como forma de controle para forçar relações sexuais.
No sábado (28), policiais penais do presídio encontraram o bandido morto na área de triagem, onde ele estava isolado. A causa da morte ainda não foi oficialmente confirmada. A Polícia Científica e o SAMU foram acionados para atender a ocorrência e realizar os procedimentos legais.
A Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) já havia reunido provas suficientes para sustentar a prisão preventiva, incluindo relatos da vítima, registros escolares, documentos e exames médicos.
A repercussão do caso é intensa em Joinville e chamou atenção pela gravidade dos abusos, pelo tempo em que ocorreram e pelo fato de a vítima viver sob total controle, sendo tratada como “esposa” pelo próprio pai, que também era o avô de sua filha.
JORNAL RAZÃO