Após o projeto polêmico da vereador Jane Delalibera que propôs oficialmente ao Executivo a criação de um crematório público no município, pois o cemitério estaria super lotado e a prefeitura dizer que o cemitério ainda tem capacidade para 2 anos, muitas pessoas e empresários levantaram a questão da prefeitura fazer uma parceria com o cemitério Jardim das Oliveiras, que fica na saída para Ipiranga do Norte.
Com a possível superlotação, o município pode fazer um credenciamento com um cemitério particular para atender as famílias sorrisenses que não teriam onde fazer o sepultar os parentes.
Com um possível convênio, as famílias poderão fazer uso de uma das vagas disponibilizadas no Cemitério Jardim das Oliveiras, que se forem sepultadas cerca de 720 por ano, o cemitério tem capacidade para 90 anos de utilização.
Já a prefeitura de Sorriso negou que o Cemitério Municipal José Maria Pinheiro Oliveira esteja superlotado, mas confirmou que a vida útil do espaço deve se esgotar nos próximos dois a três anos. A informação foi dada pelo secretário municipal Hilton Polesello, que diz já haver estudos em andamento para ampliação da estrutura atual e a busca por uma nova área para implantação de um segundo cemitério público.
Atualmente, o cemitério conta muitos sepultamentos mensais e já está próximo do limite. “Tivemos uma reunião recente com a concessionária que administra o local. O que temos hoje garante o funcionamento por mais dois ou três anos, mas o prefeito já determinou estudos para expansão”, afirmou Polesselo.
Entre as medidas em avaliação estão o recuo do muro da parte frontal do cemitério, permitindo a criação de novos jazigos, e a possibilidade de exumar corpos sepultados há mais de 30 ou 40 anos — especialmente aqueles cujas famílias não residem mais no município. Essas ações, no entanto, exigem estudos técnicos, audiências públicas e aprovação legal.
Além da questão estrutural, a prefeitura também pretende reformular o aspecto visual do cemitério, com muros mais altos e melhorias arquitetônicas que tragam mais dignidade ao espaço e conforto aos moradores da vizinhança.
Paralelamente, a administração já estuda áreas no município, conforme o zoneamento urbano, que poderiam receber um novo cemitério. A expectativa, segundo o secretário, é que audiências públicas sobre o tema sejam realizadas até o fim de 2025. A implantação do novo espaço está prevista para ocorrer entre o final de 2026 e 2027.
Em maio, a vereadora Jane Delalibera propôs oficialmente ao Executivo a criação de um crematório público no município. A proposta busca oferecer uma alternativa moderna de sepultamento às famílias, respeitando normas ambientais e culturais.
A prefeitura respondeu que recebeu a indicação e que um estudo de viabilidade econômica será realizado para avaliar a implantação. No entanto, ainda não há prazo definido para a conclusão da análise. Segundo Polesello, a instalação de um crematório exige não apenas investimento, mas também um público interessado e licenças ambientais rigorosas.
“A cidade vizinha de Sinop tenta há mais de 15 anos obter licenças para um crematório. É um processo complexo e que ainda não está nos planos imediatos de Sorriso, até por ser algo que envolve cultura e tradição. Ainda não há demanda significativa por cremação no município”, explicou.
Atualmente, quem deseja cremar um ente querido precisa buscar serviços em outras cidades, o que pode representar um custo elevado às famílias.