Cleusa Bianchini, Alessandro Vageti e Giovana Vageti foram presos na manhã deste sábado (26/07), durante a operação Procuração Fatal, pelo envolvimento na morte do advogado José Antônio da Silva, em Nova Ubiratã. O trio, formado por Bianchini, seu filho e sua neta, é suspeito de ordenar a morte por causa de uma dívida estimada em R$ 4,5 milhões à vítima.
O executor do crime, identificado como Kall Igor, está foragido. O crime ocorreu no dia 26 de junho e a vítima foi encontrada em sua residência, morta por um disparo de arma de fogo na cabeça.
As investigações da Polícia Civil identificaram os autores intelectuais, que planejaram e financiaram o homicídio, acreditando que ficariam livres da obrigação de pagar uma dívida milionária com o advogado. José Antônio da Silva atuou como advogado de uma das mandantes, em uma ação de reintegração de posse e, como pagamento dos honorários, a mulher deveria pagar o equivalente a 20% do valor da propriedade rural.
O advogado havia estimado o pagamento em R$ 4,5 milhões. Outro fato identificado pela Polícia Civil é que o crime também foi motivado pela crença dos alvos da operação de que o advogado não possuía herdeiros que pudessem cobrar o valor após a sua morte.
Dias antes da execução, o advogado encaminhou áudios para uma sobrinha, afirmando estar recebendo ameaças e que estava aterrorizado, com muito medo de morrer. Declarou que se algo acontecesse com ele, os suspeitos seriam Cleusa Bianchini e seus familiares.
As investigações revelaram que os mandantes buscaram ocultar os indícios do crime, mas com uso de inteligência e análise de provas materiais e digitais foi possível identificar a participação dos suspeitos. A operação foi deflagrada para cumprir oito ordens judiciais, sendo quatro de prisão temporária e as demais de busca e apreensão.
As ordens judiciais foram decretadas pela Comarca de Nova Ubiratã e foram cumpridas nas cidades de Sorriso, Nobres e Tangará da Serra. As três pessoas da mesma família foram localizadas e tiveram as ordens de prisão cumpridas.
Polícia Civil trabalha com a crença de que há mais pessoas envolvidas no crime e o caso continua sob investigação.
FOLHA MAX