A partir de 31 de julho de 2025, a Starlink, empresa de Elon Musk, iniciará a oferta de internet via satélite gratuita para uma lista específica de smartphones compatíveis. A novidade marca o início de um serviço inédito que não exige antenas, aplicativos ou aparelhos extras: basta estar com o celular na área de cobertura para se conectar diretamente aos satélites da constelação Starlink. Na fase inicial, o serviço permitirá envio de mensagens de texto, chamadas de emergência e compartilhamento de localização — tudo sem depender de redes móveis tradicionais. O recurso estará disponível tanto nos Estados Unidos, por meio da T-Mobile, quanto no Brasil e em outros países onde a Starlink já atua comercialmente.
A maioria dos aparelhos é de linha intermediária e premium, com suporte a 5G e atualizações recentes de sistema. Os principais modelos incluem:
Apple (todos os modelos a partir do iPhone 13)
- iPhone 13
- iPhone 14, 14 Plus, 14 Pro, 14 Pro Max
- iPhone 15, 15 Plus, 15 Pro, 15 Pro Max
- iPhone 16, 16 Plus, 16 Pro, 16 Pro Max
Google (Pixel 9 series)
Motorola (modelos de 2024 e 2025)
- Moto razr 2024, razr+ 2024
- Moto razr 2025, razr+ 2025, razr Ultra 2025
- Moto edge 2025
- Moto g 5G 2025, G power 5G 2025, G stylus 5G 2024, G power 5G 2024
Samsung
- Série Galaxy A: A14, A15 5G, A16 5G SE, A25 SE, A35, A36 SE, A53, A54, A56 5G SE
- Séries Galaxy S: S21 (todas as variantes), S22, S23, S24, S25 (incluindo FE, Plus, Ultra e Edge onde aplicável)
- Série dobrável Z: Z Flip3, Flip4, Flip5, Flip6, Flip7; Z Fold3, Fold4, Fold5, Fold6, Fold7
- Galaxy XCover6 Pro e XCover7 Pro (algumas variantes)
T‑Mobile
- T-Mobile REVVL 7 5G
- T-Mobile REVVL 7 Pro 5G
No Brasil, a liberação será gradual, mas seguirá o mesmo cronograma da matriz americana. Ou seja, usuários desses modelos poderão experimentar a conexão com a rede Starlink gratuitamente já no fim de julho.
Como funciona a conexão Starlink grátis no celular?
O serviço funcionará de forma automatizada: ao sair de uma área com cobertura móvel tradicional e entrar em uma zona remota, o celular habilitado se conectará automaticamente à rede de satélites da Starlink.
Um símbolo de satélite e a identificação da T-Mobile/Starlink será exibido na barra de status, indicando que a internet via satélite está ativa.
No início, não será possível navegar na internet ou fazer chamadas de voz. As funcionalidades gratuitas incluirão:
- Envio e recebimento de mensagens SMS.
- Compartilhamento de localização.
- Chamadas e alertas de emergência (como 911 nos EUA ou 190 no Brasil).
A expectativa é que, até o fim de 2025, recursos como dados móveis, uso de aplicativos (como WhatsApp e Google Maps) e chamadas VoIP sejam adicionados gradualmente.
Parceria entre T-Mobile e Elon Musk leva Starlink grátis ao consumidor final
A oferta de Starlink grátis para celulares foi possível graças à parceria entre a operadora americana T-Mobile e a SpaceX, empresa de Elon Musk.
A ideia é eliminar os “buracos de cobertura” nos Estados Unidos e, futuramente, no mundo inteiro. O objetivo é simples: permitir que qualquer pessoa, mesmo em locais sem rede móvel, tenha acesso a funções básicas de comunicação.
Durante os testes realizados em 2024 e 2025, o serviço demonstrou capacidade de envio de mensagens mesmo em desertos, trilhas, regiões de floresta e até no meio do oceano. A cobertura inicial será nacional nos EUA, com ampliação futura para outros países, inclusive o Brasil.
Internet via satélite pode mudar o conceito de conectividade
O avanço da internet via satélite promete transformar a maneira como nos conectamos. Diferente dos sistemas tradicionais de torres de celular, a conexão Starlink usa satélites de baixa órbita para estabelecer sinal direto com o celular. Isso significa que regiões rurais, montanhosas, áreas de preservação e locais afastados finalmente poderão ter algum nível de conectividade, sem necessidade de infraestrutura física local.
Até julho de 2025, a SpaceX lançou milhares de satélites Starlink — incluindo centenas da geração V2 Mini — que oferecem capacidade até quatro vezes maior por unidade e ampliam significativamente a cobertura global.
A tecnologia utiliza frequências de banda média (mid-band) e atinge velocidades de até 4 Mbps, suficientes para mensagens e localização em tempo real.
O que será gratuito e o que poderá ser cobrado futuramente?
Durante a fase inicial, que começa em 31 de julho, a Starlink manterá o serviço de mensagens gratuito, tanto para usuários da T-Mobile quanto para clientes de outras operadoras que participarem do programa beta. No Brasil, o acesso também será gratuito para os celulares compatíveis com Starlink.
No entanto, à medida que mais recursos forem adicionados, como dados móveis e chamadas VoIP, há previsão de cobrança mensal entre US$ 10 e US$ 15 para usuários que não estiverem em planos premium da T-Mobile. A política de preços no Brasil ainda será divulgada, mas a tendência é que siga o modelo americano.
Celulares compatíveis com Starlink dispensam antenas ou acessórios
Um dos grandes diferenciais da tecnologia desenvolvida por Elon Musk é que os celulares não precisam de nenhum acessório adicional para acessar a rede Starlink. Não é necessário instalar antenas, aplicativos ou módulos externos. Os aparelhos compatíveis já vêm com os chips e sensores necessários para se conectar automaticamente aos satélites da SpaceX, desde que estejam atualizados com os últimos firmwares.
Esse aspecto é fundamental para a democratização da conectividade: basta ter um smartphone da lista e estar em uma área coberta para utilizar a função, mesmo sem rede tradicional.
Conectividade de emergência será o principal benefício imediato
Embora muitos estejam interessados na possibilidade de usar internet em áreas sem sinal, o foco inicial da Starlink está na conectividade de emergência.
Situações de desastres naturais, acidentes em áreas remotas ou perdas de sinal podem ser contornadas com o uso da rede de satélites. Usuários poderão acionar serviços de emergência, enviar coordenadas e manter contato básico mesmo sem torres de celular por perto.
Esse diferencial coloca a Starlink como uma alternativa importante em países com baixa cobertura, regiões de difícil acesso e locais afetados por instabilidade climática ou social. No Brasil, comunidades indígenas, zonas rurais e áreas de fronteira podem se beneficiar rapidamente dessa funcionalidade.
