Código de Ética da categoria veda exercício da profissão com interação ou dependência de farmácias, ou laboratórios, mas prática é comum
Pacientes que foram a postos de suade Sorriso procuraram o JK para relatarem que estavam recebendo receitas já com o nome da farmácia onde remédio deveria ser comprado. A receita foi passada e assinada por um médico.
Os pacientes desconfiaram, pois antes as receitas não vinham com o nome da farmácia impressa. Na receita prescrita a um idoso, além do medicamento a ser usado, também tinha o nome da farmácia, “DROGASIL“, onde o medicamente deveria ser comprado, além de ser orientado a comprar o remédio na farmácia com a desculpa que era de um “conhecido”.
A vítima pediu para não ser identificado e pediu para que providências fossem tomadas e que médicos parassem de indicar as farmácia onde os paciente deveriam comprar os medicamentos.
A prática é condenada pelo código de ética da profissão, mas médicos de todo o país distribuem aos pacientes cupons que dão descontos na compra de produtos farmacêuticos, além de indicarem a farmácia onde o medicamento deve ser comprado.
Embora não seja proibida por lei, a ligação entre médicos, farmácias e indústria fere um dos preceitos éticos da profissão. Conforme o Código de Ética Médica, é vedado “exercer a profissão com interação de farmácia e laboratório farmacêutico”.
Conflito de interesses:
A indicação de farmácias pode gerar conflito de interesses, onde o médico pode estar recebendo benefícios ou comissões da farmácia indicada, o que compromete sua independência profissional.
Liberdade do paciente:
O paciente tem o direito de escolher onde comprar seus medicamentos, e o médico não deve restringir essa liberdade. O paciente deve ter a autonomia para pesquisar preços e opções de farmácias, buscando a que melhor atenda às suas necessidades.
Ética profissional:
A ética médica proíbe qualquer tipo de favorecimento financeiro ou vantagem pessoal na relação médico-paciente. A indicação de farmácias específicas pode ser interpretada como uma forma de exploração da relação profissional.
Prejuízo à saúde pública:
Além do conflito de interesses, a indicação de farmácias específicas pode levar a práticas irregulares, como a venda de medicamentos falsificados ou a falta de acompanhamento farmacêutico adequado, prejudicando a saúde pública.