Eveline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida como “Diaba Loura”, morreu durante um confronto entre as facções Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro no Morro do Fubá, zona norte do Rio de Janeiro. O corpo foi encontrado fora da área do tiroteio, em Cascadura, enrolado em um lençol e com roupas pretas. A identificação oficial ainda depende do Instituto Médico Legal, mas policiais militares reconheceram características físicas e tatuagens.
O que aconteceu
Os tiroteios começaram na noite de quinta-feira, 14, e seguiram até a manhã de sexta-feira, 15, deixando moradores em pânico. Após a troca de tiros, o corpo que seria de Eveline foi localizado fora da área de conflito. A Polícia Militar mantém o monitoramento na região e acompanha publicações nas redes sociais para entender os desdobramentos do caso.
Quem era a catarinense
Natural de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, Eveline ganhou notoriedade no crime após sobreviver a uma tentativa de feminicídio em Capivari de Baixo, em 2022, episódio praticado pelo ex-companheiro. Depois do ataque, mudou-se para o Rio de Janeiro e entrou no tráfico de drogas, inicialmente ligada ao Comando Vermelho.
Apelidada de “Diaba Loura” pela forma ousada de se expor, ela usava redes sociais para ostentar armas de grosso calibre e passou a ser procurada por crimes como tráfico e organização criminosa. Recentemente, deixou o Comando Vermelho e passou para o Terceiro Comando Puro, mudança vista como traição no mundo do crime.
Desde junho, estava foragida após escapar de uma megaoperação na comunidade da Gardênia Azul, em Jacarepaguá. A morte encerra uma trajetória marcada por violência, fugas e mudanças de facção.
Próximos passos
A confirmação da identidade depende do laudo do IML e do reconhecimento por familiares. A PM segue em patrulhamento no Morro do Fubá e arredores enquanto avança a apuração sobre a dinâmica do confronto.
JORNAL RAZÃO