Sorriso mais uma vez vem chamando atenção pela quantidade de crimes de estelionato, principalmente envolvendo falsos advogados que entra em contato com as vítimas e dizem que a vítima tem que pagar uma certa quantia para receber o valor de um processo que a vítima teria ganhado ou estava em andamento.
O golpe é antigo, mas voltou a ser aplicado em Sorriso. O alerta é feito pela presidenta da 17ª Subseção de Sorriso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Carla Guerra.
Em Sorriso em apenas um dia nesta semana 5 pessoas caíram no golpe e boletins foram registrados e vamos a eles, porque juntamos todos em uma matéria só.
Primeiro caso:
Uma mulher procurou a polícia para relatar que o suspeito entrou em contato pelo número (65) 9 9619-5801 dizendo ser o advogado falando sobre seu processo do INSS. A vítima achando que seria verdade fez uma ligação com o golpista e ele mandou um link por outro número (81) 3299-0389 a mesma entrou e sua conta foi hackeada assim levaram R$ 999,00 e ela fez o boletim para poder fazer o estorno na Caixa.
Segundo caso
Uma advogada procurou a polícia para relatar que no dia 20 de agosto de 2025, aproximadamente às 17h17min, foi informada por um cliente sobre uma tentativa de golpe em meu nome. Segundo o cliente, ele foi contatado via WhatsApp por um número desconhecido, que se passava pela advogada, inclusive citando o número da minha ordem da OAB. O cliente enviou uma captura de tela do referido contato, que exibe o seguinte número: (66) 99623-1024.
O perfil de WhatsApp do golpista continha uma foto da advogada, a qual, presumivelmente, foi obtida do meu perfil público no Instagram.
Aproximadamente um minuto depois, às 17h18min, a proprietária de um escritório também relatou à advogada ter recebido mensagens de um contato com o mesmo número, com conteúdo similar, confirmando a tentativa de fraude em múltiplos contatos.
A única pessoa com acesso a processos judiciais de meu interesse, no âmbito público, é outro advogado, cujo acesso é público, entretanto, acessou todos os meus processos públicos na mesma data.
Em seguida, imediatamente após tomar conhecimento da situação, a advogada utilizou das redes sociais (Instagram, Facebook, WhatsApp.) para publicar um aviso informando sobre a tentativa de golpe e alertando seus clientes e seguidores a não interagirem com o referido número.
Não há, até o momento, qualquer informação de prejuízo financeiro ou danos aos cliente da referida advogada.
Terceiro caso:
Uma mulher, de 24 anos, procurou a polícia para relatar que teve uns processos judiciais com seu advogado, e um número diferente, com a mesma foto e nome, entrou em contato com ela referente a um pagamento de um processo que realmente teve. Os golpistas entraram em contato com a vítima por e ela espelhou a tela do celular, e também não mostrou nenhum tipo de senha dos bancos, mas enviou para eles a agência, dados da conta-corrente e os golpista pediram para enviar um valor.
Neste momento a vítima suspeitou, pois os golpistas pediram para ela criar uma conta no PicPay, e quando estava criando, um dos golpistas estava com o celular da vítima espelhado, ela recebeu um Email de que outro dispositivo estava tentando entrar, mas como ela não utiliza a conta, logo foi e solicitou o encerramento da mesma.
Em seguida, a vítima desligou a ligação e entrou em contato com seu e ele me informou que não estava conversando comigo sobre nenhum processo.
A vítima bloqueou o contato dos golpistas e está com medo de que eles possam ter tido acesso as suas contas pelo fato de terem o rosto dela através da câmera durante a ligação.
Os outros dois casos foram relatados por advogado e vítimas, que falaram que iriam fazer boletim de ocorrência.
De forma simples, pessoas que estão com algum processo em andamento recebem mensagens do advogado informando que houve um andamento no trâmite, e que o cliente precisa enviar dinheiro. Detalhe: o processo realmente existe, a foto é do advogado, mas o telefone de contato é outro. E o dinheiro que o cliente (no caso, a vítima) enviar cai no bolso do golpista. “Os golpistas, às vezes, enviam boletos para pagamento dizendo se tratarem de custas processais necessários para liberação de valores a receber, utilizam peças processuais e timbre do escritório realmente contratado”, detalha a advogada.