Gabriel Silva Portes, de 24 anos, que morreu durante confronto com policiais civis de Sorriso, em Sinop, na tarde desta segunda-feira (25/08), queria matar a advogada e o namorado dela, que ele, junto com seus comparsas, sequestraram na noite do último sábado (23/08) e liberados na manhã de domingo.
Segundo o delegado Paulo Brambilla, Gabriel era extremamente violento e, na hora em que as vítimas foram levadas para uma estrada vicina no Distrito de Caravágio e deitadas no chão, ele queria matar as vítimas, e só não as matou porque um comparsa disse que não era para matá-las. Neste momento, os dois entraram em luta corporal, porque Gabriel queria pegar a arma de seu comparsa para matar as vítimas e o comparsa não aceitou.
Foi neste momento que os suspeitos teriam dito para a vítima só procurar ajuda 3 horas após eles (os suspeitos) saírem do local.
Gabriel era o terceiro suspeito de sequestrar uma advogada e o namorado dela e extorquir mais de R$ 7 mil do casal, em Sorriso.
Após o confronto, os policiais chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas Gabriel morreu após ser socorrido.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Bruno França, ele era o principal autor do sequestro, além de ser um dos envolvidos na morte de Weliton Gomes Sousa Feitosa, de 23 anos, assassinado com tiros na cabeça em uma quitinete de Sorriso, após publicar uma foto com um gesto supostamente relacionado a uma facção criminosa.
Gabriel também havia participado de assaltos a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), à casa de um secretário de Nova Ubiratã e a uma joalheria.
Outros dois suspeitos do sequestro foram presos nesse domingo (24). Conforme o delegado, o casal foi sequestrado no sábado (23) e levado até Nova Ubiratã, mas foi somente um dia depois que as vítimas conseguiram fugir e pedir socorro.
Além disso, a polícia apontou que os suspeitos do sequestro também têm antecedentes criminais e que eles foram responsáveis por um homicídio em Sorriso.
De acordo com a investigação, além do valor extorquido, os criminosos utilizaram as contas bancárias das vítimas para agendar um pagamento de R$ 40 mil. No entanto, a quantia não chegou a ser debitada, pois as vítimas conseguiram cancelar a transação.
Com os suspeitos foram apreendidos dinheiro em espécie, um revólver, munições, relógio e acessórios, uma carteira e um aparelho celular. Eles foram presos e estão à disposição da Justiça.