A brutalidade de um crime de feminicídio em Sinop (MT) levanta questionamentos sobre a sanidade mental do agressor. A Defensoria Pública solicitou que Lucas Franca Rodrigues, de 22 anos, seja submetido a um exame médico para determinar sua capacidade de discernimento no momento em que, segundo a polícia, ele matou a esposa, Ana Paula Abreu, de 33 anos, com pelo menos 20 facadas.
O pedido da defesa vem após relatos de policiais militares que encontraram Lucas “completamente transtornado e fora de si” na cena do crime, no último domingo (24). A situação se agravou quando ele tentou tirar a própria vida na cela da delegacia e, em outro momento, partiu para cima de pessoas que estavam por perto. Esses comportamentos, considerados erráticos e perigosos, levaram à sua transferência para o presídio Ferrugem, antes mesmo da audiência de custódia.
Na audiência, o juiz Walter Tomaz da Costa converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva e determinou que Lucas permaneça em uma cela isolada. A medida visa proteger o suspeito tanto de si mesmo quanto de possíveis represálias de outros detentos, devido à grande repercussão do caso.
O crime, que chocou a cidade, foi descoberto após o próprio agressor enviar fotos do corpo da vítima para a cunhada, confessando o assassinato. Até o momento, a motivação para a barbárie segue desconhecida, deixando um rastro de perguntas sem respostas e a necessidade de uma análise profunda da mente do suspeito para que a Justiça possa ser feita.