Policiais civis prenderam, nesta terça-feira (02/09), uma mulher e apreenderam seu filho, de 12 anos, por envolvimento no assassinato de Gabriel Feitosa da Silva, em Sorriso. A prisão ocorreu durante as investigações que apuram o sequestro e execução da vítima, ocorrido no último domingo (31/08).
Segundo a polícia, a mulher presa possui histórico criminal por tráfico de drogas e associação a facções criminosas. Ela já havia participado de outro sequestro, que acabou malsucedido após a Polícia Militar localizar o cativeiro e libertar a vítima.
No caso de Gabriel, ela teria usado o próprio filho para ajudar a manter a ex-namorada da vítima em cativeiro, impedindo que a jovem pudesse avisar a polícia. A mulher foi localizada escondida na casa de uma amiga, que também foi presa por participação no crime.
De acordo com o delegado Bruno França, Gabriel já estava jurado de morte. No domingo, ele e a ex-namorada foram a um bar, que teria avisado comparsas sobre a presença do rapaz. Na sequência, Gabriel foi sequestrado e levado até a região da Morada do Bosque, onde passou por um “tribunal do crime” e acabou executado.
O corpo e a motocicleta da vítima foram inicialmente escondidos em uma área de mata. Por volta da meia-noite, Marciana teria pegado o carro emprestado do namorado e, junto aos comparsas, retornado ao local para retirar o corpo e a moto. Ambos foram desovados no rio Lira, nos fundos do bairro Fraternidade, onde a vítima foi encontrada com uma pedra amarrada ao pescoço.
“Ela articulou tudo e participou de toda a trama criminosa”, afirmou o delegado Bruno França.
As investigações continuam e, segundo a polícia, pelo menos mais quatro pessoas são procuradas por envolvimento no caso.
Nesta segunda (01/09), os policiais prenderam outros dois integrantes de uma facção criminosa instalada em Sorriso que também participaram da execução do jovem, Gabriel Feitosa Silva, de 24 anos, desaparecido desde domingo (31.8).
Os suspeitos, de 21 e 26 anos, assumiram os crimes e foram autuados em flagrante por sequestro e cárcere privado, homicídio, ocultação de cadáver e promover ou constituir organização criminosa.
O corpo da vítima, Gabriel Feitosa Silva, foi encontrado nesta terça-feira (2). A equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiro foi acionada para dar apoio e retirar o cadáver que estava no rio, submerso com uma corda amarrada ao pescoço e presa a um bloco de concreto.
A motocicleta da vítima também foi encontrada dentro da água, próximo ao corpo. Tanto o veículo como o corpo de Gabriel foram jogados pelos criminosos da ponte do rio Lira, em Sorriso.
As diligências iniciaram após a comunicação de desaparecimento de pessoa na tarde de domingo (31.8), ocasião em que os policiais civis identificaram uma mulher, de 29 anos, a qual estava com a vítima antes do seu desaparecimento.
Durante a entrevista, a testemunha relatou que estava na cidade de Sorriso e passou a noite de sábado na companhia de Gabriel. Já no domingo, ambos foram até um bar no bairro Morada do Bosque para comprar drogas, e, ao chegarem, foram até uma mesa onde estavam sete pessoas.
O grupo era formado por cinco homens, uma mulher e o seu filho de 12 anos. Passaram a inquirir Gabriel e, ao visualizarem o seu aparelho celular, viram fotos de pessoas que diziam serem integrantes de facção rival.
Em seguida, a testemunha que estava com a vítima foi levada pelo grupo para um cômodo dentro do bar. Quando retornou, a testemunha foi informada de que Gabriel havia sido levado.
Diante das informações, os investigadores conseguiram localizar o primeiro envolvido, de 26 anos, no bairro Morada do Bosque. Ele tentou reagir na abordagem quebrando seu aparelho celular. Após ser contido, confessou a participação no crime, relatando com detalhes como a vítima havia sido executada.
Em seguida, o segundo suspeito de 21 anos foi preso e também assumiu a participação no homicídio. Eles relataram que Gabriel havia sido levado para uma área de mata, onde foi morto enforcado com uso de uma corda, bem como indicaram o local da execução.
Depois de assassinado, o corpo de Gabriel foi jogado na ponte do rio Lira, no mesmo local em que jogaram a motocicleta também. Diante das confissões, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado e localizou no fundo do rio a motocicleta e o corpo da vítima, submerso, com uma corda amarrada ao pescoço, presa a um bloco de concreto.
Ato contínuo, a dupla foi conduzida para a Delegacia de Sorriso, interrogada e autuada em flagrante delito.
As investigações continuam visando localizar os outros participantes do crime.