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Líderes do CV e advogados que eram “braço jurídico” da facção são condenados a 35 anos de prisão; atuavam em Sorriso, Ipiranga, Itanhangá e outras 2 cidades

Tiago Telles, Robson Júnior Jardim dos Santos e Paulo Henrique Campos de Aguiar, apontados como líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, foram condenados juntamente com os advogados Roberto Luis de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e Hingritty Borges Mingotti a penas que somam quase 35 anos de prisão, em regimes fechado e semiaberto, por envolvimento na organização destinada à prática de tráfico de drogas. Eles foram alvo da Operação Gravatas. Os advogados atuavam como informantes da facção.

A sentença é da 5ª Vara Criminal de Sinop (500 km ao Norte) em ação penal ajuizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Estado de Mato Grosso (Gaeco).

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Tiago Telles foi condenado a 7 anos, um mês e 10 dias de reclusão, além de 23 dias-multa. Robson Júnior Jardim dos Santos recebeu condenação de 6 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa. E Paulo Henrique Campos de Aguiar teve a pena fixada em 6 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, além de 21 dias-multa.

Conforme a sentença, os dois primeiros são os líderes da organização criminosa Comando Vermelho em várias cidades, englobando Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e parte de Sorriso. Já Paulo Henrique é considerado o “braço direito” de Tiago. Os 3 deverão iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

Roberto Luis de Oliveira foi condenado a 5 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão e 19 dias-multa. A pena de Jéssica Daiane Maróstica foi arbitrada em 4 anos e 8 meses de reclusão, além de 16 dias-multa; assim como a de Hingritty Borges Mingotti foi fixada em 5 anos e 4 meses de reclusão e 17 dias-multa. Os 3 advogados iniciarão o cumprimento da pena em regime semiaberto.

O advogado Tallis de Lara Evangelista, que também era réu, foi absolvido. Já o réu Leonardo Qualio, que é policial militar, está respondendo perante a Justiça Militar.

A Operação Gravatas foi deflagrada em março do ano passado pela Delegacia da Polícia Civil de Tapurah, visando cumprir 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra quatro advogados, um policial militar e três líderes de uma facção criminosa custodiados no sistema prisional. Os mandados foram cumpridos em Sinop e Cuiabá.

De acordo com as investigações, os líderes da facção criminosa se associaram de forma estruturalmente ordenada aos advogados, que representavam o “braço jurídico” do grupo. Assim, eles agiam à margem da lei para obstruir investigações policiais, fornecer informações em tempo real sobre a atuação policial e intermediar a comunicação entre os líderes da organização criminosa presos e demais membros em liberdade, além de outros ilícitos.

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